Dec 12, 2023

Public workspaceProtocolo Cuidados e Gerenciamento em Analgesia do Parto Normal

  • 1Hospital Universitário Professor Alberto Antunes (Empresa Brasileira de Serviços Hospitalares EBSERH);
  • 2Centro Universitário CESMAC;
  • 3Hospital Santa Casa de misericórdia de Maceió (SCMM);
  • 4Secretaria Municipal de Maceió
Open access
Protocol CitationRobertarmb Caldas, sonia.ferreira, barbara.lima 2023. Protocolo Cuidados e Gerenciamento em Analgesia do Parto Normal. protocols.io https://dx.doi.org/10.17504/protocols.io.3byl4q142vo5/v1
Manuscript citation:
Este protocolo é o produto de um mestrado profissional de pesquisa em saúde
License: This is an open access protocol distributed under the terms of the Creative Commons Attribution License,  which permits unrestricted use, distribution, and reproduction in any medium, provided the original author and source are credited
Protocol status: Working
We use this protocol and it's working
Created: December 08, 2023
Last Modified: December 12, 2023
Protocol Integer ID: 92041
Disclaimer
DISCLAIMER – FOR INFORMATIONAL PURPOSES ONLY; USE AT YOUR OWN RISK

The protocol content here is for informational purposes only and does not constitute legal, medical, clinical, or safety advice, or otherwise; content added to protocols.io is not peer reviewed and may not have undergone a formal approval of any kind. Information presented in this protocol should not substitute for independent professional judgment, advice, diagnosis, or treatment. Any action you take or refrain from taking using or relying upon the information presented here is strictly at your own risk. You agree that neither the Company nor any of the authors, contributors, administrators, or anyone else associated with protocols.io, can be held responsible for your use of the information contained in or linked to this protocol or any of our Sites/Apps and Services.
Abstract
Este Protocolo tem a finalidade de auxiliar médicos anestesiologistas e outros profissionais da saúde que presta, assistência às gestantes em trabalho de parto com o objetivo de alívio da dor.
A avaliação clínica pela equipe obstétrica e o desejo da parturiente são imprescindíveis para a tomada de decisões.
Espera-se que os usuários deste protocolo possam atualizar-se sobre as melhores técnicas não farmacológicas e farmacológicas baseadas em evidências.
Attachments
;'.pdf
;'.pdf
2.3MB
A elaboração do Protocolo Cuidados e Gerenciamento em Analgesia do Parto Normal
A elaboração do Protocolo Cuidados e Gerenciamento em Analgesia do Parto Normal
O protocolo foi elaborado por um grupo de trabalho denominado Grupo Elaborador (GE) composto por médicos anestesiologistas e obstetra, enfermeiras obstétricas, fisioterapeuta obstétrica e farmacêutica, que exercem cargos de liderança na unidade de saúde da mulher do referido hospital.

Inicialmente foi feita a definição do escopo, tema e construção da pergunta da pesquisa. Para o estudo da viabilidade da elaboração, validação e futura implantação de um protocolo de analgesia de parto no referido hospital, foi realizada uma reunião com o colegiado do HUPAA, a pesquisadora principal e o Reponsável técnico pelo Serviço de Anestesiologia. Nesta oportunidade, foram apresentadas pela pesquisadora, estudos com algumas evidências acerca dos benefícios de um protocolo interprofissional de analgesia de parto, assim como o impacto social e econômico em instituições após a implantação de programas educacionais de analgesia de parto. A partir disto, foi construído um projeto de pesquisa com submissão a Plataforma Brasil para apreciação ética e liberação da pesquisa no HUPAA. O projeto foi aprovado pelo Comitê de Ética em Pesquisa (CEP) conforme parecer n 6.074.824 (Anexo I). Após a aprovação foi designado um grupo de trabalho, denominado GE, com profissionais médicos (um obstetra e dois anestesiologistas), três enfermeiras obstétricas, uma fisioterapeuta obstétrica e uma farmacêutica, que exercem cargos de liderança na Unidade de Saúde da Mulher, setor responsável pela maternidade do referido hospital.


Para iniciar a construção do protocolo, foram realizadas duas reuniões presenciais com o GE. Nestas reuniões, foram definidos a operacionalização do processo de elaboração do protocolo, os tópicos relevantes a serem discutidos e abordados e a redação do texto preliminar do protocolo. Em seguida, foi realizada pela pesquisadora principal, uma busca de artigos nas bases de dados das plataformas PUBMED (MEDLINE), Science of Direct, Cochrane, Web of Science dos últimos cinco anos, com os descritores que representam a pergunta da estratégia de busca “Há evidências que parturientes submetidas à analgesia de parto (P) por métodos farmacológicos e não farmacológicos (I) apresentam maior indicação para parto cesariano (Co)?”  .A seguir, o GE, construiu o protocolo de forma interprofissional. O mesmo foi submetido à revisão de português e adaptado para o formato institucional, atendendo a Norma Zero da EBSERH (NORMA DE ELABORAÇÃO E CONTROLE DE DOCUMENTOS DA QUALIDADE, [s.d.])e, mais uma vez, revisado pelo GE

Validação externa do Protocolo Interprofissional Cuidados e Gerenciamento em Analgesia do Parto Normal
Validação externa do Protocolo Interprofissional Cuidados e Gerenciamento em Analgesia do Parto Normal
Para a validação, foram convidados dezesseis Especialistas, por meio de amostragem não probabilística intencional por conveniência e o instrumento de avaliação foi o Appraisal of Guidelines for Research & Evaluation II (AGREE II), que é composto por 23 itens, organizados em seis domínios, onde cada um deles capta uma única dimensão da qualidade da diretriz (1. Escopo e finalidade; 2. Envolvimento das partes interessadas; 3. Rigor do desenvolvimento; 4. Clareza da apresentação; 5. Aplicabilidade; 6. Independência editorial), seguido por dois itens de classificação global (“avaliação global”). Para entender melhor o conteúdo dos seis domínios pode-se acessar o endereço: www.agreetrust.org. Com o objetivo de tornar mais fácil e didático o uso da ferramenta, foi realizada por e-mail uma solicitação ao grupo Collaboration AGREE do uso da ferramenta na íntegra através do Google Forms  tendo sido concedido o direito ao uso deste recurso de forma gratuita
A avaliação da qualidade do protocolo foi respondida por doze dos dezesseis especialistas convidados para a etapa da validação, denominados de A1 a A12. A análise dos dados obtidos das avaliações dos Especialistas foi realizada por meio de cálculo da adequabilidade proposto pelo próprio AGREE II. Para cada item avaliado, foi utilizada uma escala Likert de sete pontos, sendo o escore um (discordo totalmente) e o escore sete (concordo totalmente) (AGREE Next Steps Consortium, 2009). O domínio 1 obteve pontuação de 93,9%; o domínio 2, 87,9%; o domínio 3, 93,9%; o domínio 4 obteve a maior pontuação 96,2%; o domínio 5, 76,0% e o domínio 6, 94,4%. Quanto à avaliação global, onze especialistas atribuíram nota máxima ao protocolo e recomendaram seu uso na prática clínica sem necessidade de alterações. Todos os domínios apresentaram o CVP abaixo de 25%, apontando um conjunto de dados homogêneos.

Análise, Validação Interna e Aprovação final
Análise, Validação Interna e Aprovação final
O protocolo clínico interprofissional de analgesia entitulado Cuidados e Gerenciamento em Analgesia do Parto Normal foi submetido, após validação com os especialistas, a análise dos coordenadores dos serviços de obstetrícia e anestesiologia do HUPAA e, posteriormente, validação interna pela coordenação do Serviço de Controle de Infecção Relacionados a assistência a Saúde e coordenação do setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente com aprovação final pela chefia da divisão de Gestão do Cuidado (DGC) sem necessidade de alterações propostas.
Sendo assim, o documento final foi disponibilizado para publicação no site da EBSERH HUPAA e deverá ser revisado a cada dois anos conforme preconizado pela Norma Zero da EBSERH (NORMA DE ELABORAÇÃO E CONTROLE DE DOCUMENTOS DA QUALIDADE, [s.d.]).

Protocol references
AKKÖZ ÇEVIK, S.; KARADUMAN, S. The effect of sacral massage on labor pain and anxiety: A randomized controlled trial. Japan Journal of Nursing Science, v. 17, n. 1, 2020. 
ANDRADE SANTOS, S. et al. Plasmatic catecholamines after neuraxial labour analgesia: A randomised controlled trial comparing epidural versus combined spinal-epidural. Anaesthesia Critical Care and Pain Medicine, v. 41, n. 6, 2022. 
CANGIANI, L. ET AL. A. PARA O TRABALHO DE PARTO. 8 EDIÇÃO. S. P. A. Anestesiologia SAESP Sociedade de Anestesiologia do Estado de São Paulo. [s.l: s.n.]. 
CARVALHO, B. et al. Implementation of Programmed Intermittent Epidural Bolus for the Maintenance of Labor Analgesia. Anesthesia and Analgesia, v. 123, n. 4, p. 965–971, 2016. 
CAVALCANTI, A. C. V. et al. Terapias complementares no trabalho de parto: ensaio clínico randomizado. Revista gaucha de enfermagem, v. 40, p. e20190026, 2019. 
DE ARAGÃO, F. F. et al. Neuraxial labor analgesia: a literature reviewBrazilian Journal of Anesthesiology Elsevier Editora Ltda, 2019. 
DELGADO, A. et al. Development and analysis of measurement properties of the “maternal perception of childbirth fatigue questionnaire” (MCFQ). Brazilian Journal of Physical Therapy, v. 23, n. 2, p. 125–131, 2019. 
DRZYMALSKI, D. M. et al. The Effect of the No Pain Labor & Delivery-Global Health Initiative on Cesarean Delivery and Neonatal Outcomes in China: An Interrupted Time-Series Analysis. Anesthesia and Analgesia, v. 132, n. 3, p. 698–706, 2021. 
HALLIDAY, L. et al. Comparison of ultra-low, low and high concentration local anaesthetic for labour epidural analgesia: a systematic review and network meta-analysisAnaesthesiaJohn Wiley and Sons Inc, 2022. 
LIU, X. et al. Intermittent epidural bolus versus continuous epidural infusions for labor analgesia: A meta-analysis of randomized controlled trials. PLoS ONE, v. 15, n. 6, 2020. 
MAFETONI, R. R.; SHIMO, A. K. K. Efeitos da acupressão sobre a dor no trabalho de parto: ensaio clínico randomizado. Revista Latino-Americana de Enfermagem, v. 24, 2016. 
NANJI, J. A.; CARVALHO, B. Pain management during labor and vaginal birthBest Practice and Research: Clinical Obstetrics and GynaecologyBailliere Tindall, 2020. 
OJO, O. A. et al. Comparison of programmed intermittent epidural boluses with continuous epidural infusion for the maintenance of labor analgesia: A randomized, controlled, double-blind study. Anesthesia and Analgesia, p. 426–435, 2020. 
PEREIRA, A. C. C. et al. Métodos não farmacológicos para alívio da dor durante o trabalho de parto: revisão sistemática. Revista Eletrônica Acervo Saúde, v. 12, n. 10, 2020. 
SNG, B. L.; SIA, A. T. H. Maintenance of epidural labour analgesia: The old, the new and the futureBest Practice and Research: Clinical Anaesthesiology Bailliere Tindall, 2017. 
SONG, Y. et al. Effect of Dural Puncture Epidural Technique Combined with Programmed Intermittent Epidural Bolus on Labor Analgesia Onset and Maintenance: A Randomized Controlled Trial. Anesthesia and Analgesia, p. 971–978, 2021. 
TANVISUT, R.; TRAISRISILP, K.; TONGSONG, T. Efficacy of aromatherapy for reducing pain during labor: a randomized controlled trial. Archives of Gynecology and Obstetrics, v. 297, n. 5, p. 1145–1150, 2018. 
TÜRKMEN, H.; ÇEBER TURFAN, E. The effect of acupressure on labor pain and the duration of labor when applied to the SP6 point: Randomized clinical trial. Japan Journal of Nursing Science, v. 17, n. 1, 2020. 
WONG, C. A.; MCCARTHY, R. J.; HEWLETT, B. The effect of manipulation of the programmed intermittent bolus time interval and injection volume on total drug use for labor epidural analgesia: A randomized controlled trial. Anesthesia and Analgesia, v. 112, n. 4, p. 904–911, abr. 2011. 
YIN, H.; TONG, X.; HUANG, H. Dural puncture epidural versus conventional epidural analgesia for labor: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled studiesJournal of Anesthesia Springer, 2022. 
YUKSEL, H. et al. Effectiveness of breathing exercises during the second stage of labor on labor pain and duration: a randomized controlled trial. Journal of Integrative Medicine, v. 15, n. 6, p. 456–461, 2017. 
ZHAO, P. et al. Why is the labor epidural rate low and cesarean delivery rate high? A survey of Chinese perinatal care providers. PLoS ONE, v. 16,  2021. 
ZHAO, Y. et al. The effect of initiating neuraxial analgesia service on the rate of cesarean delivery in Hubei, China: A 16-month retrospective study. BMC Pregnancy and Childbirth, v. 20, n. 1. 2020. 
ZHI, M. et al. Sufentanil versus fentanyl for pain relief in labor involving combined spinal-epidural analgesia: a systematic review and meta-analysis of randomized controlled trials. European Journal of Clinical Pharmacology, v. 76, n. 4, p. 501–506, 2020. 
ZHOU, H. et al. Evaluation of the effect of dexmedetomidine combined with ropivacaine in epidural labor analgesia: a systematic review and meta-analysisMinerva Anestesiologica Edizioni Minerva Médica, 2022. 
ZUO, R. H. et al. The incidence of breakthrough pain associated with programmed intermittent bolus volumes for labor epidural analgesia: a randomized controlled trial. International Journal of Obstetric Anesthesia, v. 51, 2022.